Sábado. Verão. O vento batendo no rosto e no cabelo, meu cabelo voando e o vestido também. Segurar um algodão doce em uma mão e o vestido com a outra nunca foi tarefa tão difícil. Mas nunca foi tão importante, pois se não fosse por isso tu não teria pedido se eu precisava de ajuda, tu não teria me ajudado a comer o algodão doce que eu já não aguentava mais, tu não teria me levado na roda gigante, aquele em que uma semana depois a gente se sentou de novo, no mesmo banco, onde nosso nome está escrito, do mesmo jeito que juramos que seríamos: Para sempre.
O vento continuava lá, mas me fazia feliz, talvez pois você estava comigo, apenas por estar lá ao meu lado.
Todas os beijos, todos os sorrisos estarão para sempre eternizados naquele velho parque de diversões e na minha memória. Pois nosso amor foi feito num parque de diversão, um simples velho parque, no mesmo lugar em que acabou.
Hoje o vento não corre mais, o silêncio toma conta, todas as crianças que berravam, não apareceram mais. Vai ver eles nunca verão um vento, uma menina tentando segurar seu vestido e seu algodão doce. Vai ver eles não saberão que o para sempre acaba, no mesmo momento em que o amor deixa de existir, no mesmo momento em que se desiste, em que se para de acreditar. O para sempre pode dura até o infinito, até amanhã ou nove meses 24 dias e três horas, só se tem que acreditar, que o para sempre existe, e ele só depende de uma pessoa, tu sabe de quem.
Por: Cella Damo
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